Translate

terça-feira, junho 29, 2010

Epá, que chatice!



O mundo vai ficar mais pobre. O jornal de referência, isento e informativo vai abandonar as bancas. Também merecia dois dias de luto e uma cerimónia com honras de Estado. Paz ao seu sensacionalismo.

10 comentários:

Tiago disse...

Bom ou mau, são pessoas que vão para o desemprego. Bom ou mau, faziam o jornalismo que lhes pediam, em condições secalhar complicadas mas que tinham que fazer para viver. Agora fechou e estão desempregados. Não seria melhor continuar a existir e as pessoas que lá trabalham terem € para comer? Há que ver bem as situações...

AM disse...

Pois, mas estaria a ser cínico se dissesse que ficava chateado só porque um jornal como o 24 Horas fechou. Posso nunca ter sido um verdadeiro jornalista, mas nunca atropelei os meus princípios e valores. Não tenho de ser mentiroso, aldrabão e esmagar os outros para ter um trabalho.

peter disse...

Nos dias que correm, muita gente não tem a felicidade de poder escolher trabalho. Todos nós queremos manter os princípios e valores mas, no fundo, não passa de lirismo. Quando o dinheiro precisa de entrar, tudo isso vai ao ar....

Marçal disse...

É óbvio que é triste que mais pessoas fiquem no desemprego, principalmente na área da comunicação que é a miséria que é, mas quer dizer, não sou hipócrita ao ponto de dizer que é lamento que o 24 Horas tenha fechado.
Mas sinceramente, aposto que a maioria dos jornalistas que lá trabalhavam, por mais de uma vez já teriam colocado a hipótese de um dia este jornal fechar, pois o tipo de editorial defendido em nada defende os valores do jornalismo.
Este jornal teve muito sucesso inicialmente, pois era de leitura fácil e com um sensacionalismo "razoável" ao ponto de ser uma espécie de seguidor do Correio da Manhã, o jornal mais vendido do país. Aos poucos, os leitores começaram a aperceber-se das mentiras que viam e sentiram-se enganados. O resultado ficou à vista.

Tiago disse...

Sê bem-vindo ao capitalismo....acima de tudo há sempre que defender a classe, classe que apenas se limitou a fazer aquilo que quem manda lhes ordenava fazer. Vais dizer que recusavas trablhar no 24h só pq n concordas com o estilo de jornalismo? Não ias...e mais: neste país o que vende é aquele sensacionalismo, daí que cada se opte mais por esse estilo.Sabes qual é o jornal que mais vende? O CM...vai comparar com referências como Expresso ou Público ou Dn... Quem manda, quer vender e ganhar €. A lei do mercado é assim Lirismos de ética, códigos, isso já era. Hoje em dia é preciso é vender para se manter os postos de trabalho. E quem trabalha ou come o que lhes mandam ou então vai aumentar a taxa de desemprego...as coisas são assim...e tu sabes isso...

Marçal disse...

Claro que o que vende é o sensacionalismo. Por isso é que somos o país que somos... Queremos é sangue, mexericos e bola. Depois quando é preciso fazer alguma coisa para tentar mudar a situação económica do país, enterramos a cabeça na areia e culpamos os políticos.
E não sei se trabalhava ou recusava. Felizmente até hoje nunca tive de fazer nada que me obrigasse a colocar os meus princípios e valores em causa, mas se isso para ti são pintelhices... é contigo. Para mim não, porque a partir do momento em que não me sinto bem com a pessoa que sou, então mais nada me resta.

Tiago disse...

Eu também gostava muito de seguir os meus principios mas não são essas "pintelhices" como tu dizes, que me tem o comer na mesa e o € no banco. Não julgo que vou mudar o mundo, ninguém o vai mudar e eu preciso de comer, tal como os jornalistas que fazem aquilo. Além de que eu defendo que no jornalismo, cm em tudo na vida, tem que haver coisas para agradar a todos. Aquele estilo não me chocava. É apenas mais um e atenção: só lia e via quem queria. Ninguém era obrigado. Ao fds compras o Expresso? O SOL? por essa maneira de pensar, então acabava-se com as revistas cor-de-rosa, as das tv's, tudo isso. Acho que não se pode ser tão redutor no pensamento em relação aos estilos jornalisticos. Só lê quem quer. E tu quando fundas uma empresa é para ganhar €. Por mais que não queiras, é preciso é ganhar €, mesmo que se tenha que mudar os principios. O mundo é assim.

peter disse...

Volto a reafirmar que há quem não tenha escolha. E falar em princípios e valores talvez seja demasiado pesado para o assunto em questão. No meu caso, se estivesse desempregado, se precisasse de dinheiro, não hesitaria em ir trabalhar para o 24H. Se o trabalho me satisfazia? Possivelmente não. Mas seria o que tinha.
Fiquei triste com o fecho do jornal porque são pessoas que vão para o desemprego, seja o porteiro, seja o chefe de redacção.

Piston disse...

Eu e meu rabo já prestaram as devidas homenagens.

Anónimo disse...

quando n se é a noticia e alvo de difamaçao, é facil falar