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domingo, maio 12, 2013

O dia mais doloroso

Ao contrário do benfiquista comum, eu só comecei a perceber o que era o Benfica, na pior fase deste clube.  Lembro-me vagamente, da final da Liga dos Campeões de Viena com o Milan, que perdemos por 1-0, mas nessa altura, o futebol para mim era na rua, a jogar com os outros miúdos. Sabia lá eu o que era a final da mais importante competição de futebol do mundo, em termos de clubes.

Após termos sido campeões em 93/94 com uma das melhores equipas de sempre (Rui Costa, João Pinto, Isaías, Kulkov, Veloso, Mozer, Yuran, Paneira...), a minha paixão por este clube foi sempre subindo. O pior é que a qualidade do SLB foi sempre descendo, começando pelo "destruidor" Artur Jorge, seguindo-se outros terríveis treinadores e jogadores que jamais deveriam ter vestido o manto sagrado deste clube.

Ainda nesse primeiro ano terrível de Artur Jorge, fui ai Estádio da Luz pela primeira vez com o meu irmão. Com o Campeonato perdido, fui ver um Benfica-Guimarães, que para minha tristeza ficou 3-1 para os vimaranenses. Apesar da desilusão, senti que aquele ambiente era algo diferente, o vermelho começava a ser a minha cor de eleição e a chama da paixão pelo Benfica foi sempre elevando-se.

Seguiram-se muitos outros jogos, mas tardava a conquista do ceptro nacional. O primeiro campeonato que celebrei após 11 anos de jejum foi algo fora do comum, tal como a Taça de Portugal, um ano antes na final com o Porto campeão europeu.

Ontem, depois do clássico com o Porto, sofri um dos maiores desgostos de sempre, confesso que talvez a derrota mais dolorasa. Sinceramente, ainda não me saiu da cabeça a imagem daquele segundo golo, foi uma ferida tão profunda, que toda a minha alma estremece só de pensar como foi possível perder assim.

Hoje ainda estou de ressaca, amanhã já estarei em estágio para acompanhar o Benfica na sua primeira final europeia, 23 anos depois de Viena. Mas o dia de ontem, confesso, terá sido dos piores de sempre desde que amo este clube, um amargo de boca como os 7-0 do Celta ou o 6º lugar em 2000.

Agora há que reunir todos os esforços e gritar a uma só voz na próxima quarta-feira:

«BENFICA, vençam por NÓS»


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