Há coisas que devem ser ditas, outras que não, mas nem sempre se diz aquilo que queremos de uma forma muito compreensível.
Muitas pessoas vêm ter comigo e dizem “À e tal, falas de um modo estranho e o teu dicionário (consultar os posts Dicionário Marcelês – 1ª e 2ª versão) nem sempre dissipa as duvidas que tenho. Mas tu falas assim quando estás nas aulas ou a desempenhar algum ofício?”
Fico sempre perplexo quando acham que tenho de falar assim quando estou numa aula. Desta forma, e para responder às preces de vários leitores (tantos quanto sei, foram…dois) decidi entrar na onda do “coiso e tal” e fiz um directo para a aula de Atelier de Televisão com a minha linguagem.
Já agora ficam a saber em primeira mão, algumas das minhas novas expressões a serem lançadas na terceira actualização do Dicionário Marcelês, que está para sair em breve.
Então cá vai:
Pivot: “É precisamente em directo de Atenas, enquanto decorre o sequestro de um autocarro de turistas por dois albaneses que vamos falar com o nosso enviado especial”
“António, bom dia, o que tens para nos contar?”
Pedro, tás melhor, então já passou o ardor?
F*d*-s*, estou aqui rodeado de txetxenos e pokemons, também vejo dois jacarés acompanhados das suas lhékitas, coçando a micose na expectativa do que poderá acontecer.
Os terroristas, o Pikaxu e a Picolé, por enquanto, já se sentam, apesar de um deles estar com uma dor no joelho.
Inclusive, um dos jacarés, o N’doye, foi largar o amendoim, correndo com a bisnaga na mão.
O ambiente é de brlance brlance e o xuxe pediu ao estike um café com mudanças ao volante.
O Zé Dias fez questão de ir até à porta do autocarro, apresentando um ar de kinkado, ao mesmo tempo que dizia, “não gostas da fruta”, apertando o mangalhone de um dos ocupantes queimados.
Um dos terroristas ameaçou fazer o chlép chlép e levar alguns dos sequestrados em carrinho de mão caso alguém pegasse de empurrão.
Uns dos mankamulas da polícia local avisou que não andava a encher a barriga a lateiros e que fosse preciso e passo a citar “dou umas pingas a quem me chatear e uma sandes de biqueiro”.
O motorista pediu pauparati mas limitou-se a ir largar o amendoim, apesar de estar de ramadão do ananás.
Pedro é tudo daqui. Dá-lhe um beijo no cajó e vê lá se vais à revisão dos 50 mil, c*r*lh*.
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