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quinta-feira, dezembro 23, 2004

As melhores capas de cd´s – Devastatin´Dave

Como estamos muito perto do Natal e numa de espírito natalício de paz e amor, esta semana apresento o GRANDE GRANDE Devastatin´Dave.
Sim, elas choram por ele, arrancam cabelos, atropelam seguranças, sentem-se realizadas só pelo seu cheiro… ZIP ZAP RAP… tá-se my brother yeeeee I feel goooooooooooood!!!!



O “Pistoleiro” que seduz qualquer mulher através do seu “Killer Instinct”.
Não se lembram de o ver no anúncio do Martini??? É o tal, aquele xulo, quero dizer, o artista!!!
“The Turntable Slave” ficará na história como o único álbum que terá… 5 cópias: uma para o autor e as restantes para familiares.
Uma óptima compra de Natal para quem está numa fase de decadência e o suicídio é a única saída…um hit

quarta-feira, dezembro 22, 2004

Dicionário gestual Marcelês

Não bastava ter criado o dicionário Marcelês, agora também existe o dicionário gestual Marcelês.
E onde posso ir consultar tal relíquia?
O meu colega S.P. mais conhecido por PSI20 teve a boa vontade e amabilidade de criar tal feito para o mundo estupidólogo.
Basta irem ao
  • Dicionário Marcelês

  • domingo, dezembro 19, 2004

    As melhores capas de cd´s – Tino, o mito

    Continuando a saga do espaço semanal dedicado “às melhores capas de cd´s dos últimos anos”, esta semana a celebridade escolhida foi… Tino!!!!
    Sim o Tino, o tal que vem lá de baixo e disse não sei o quê!!!
    O seu novo álbum denomina-se “Por primera vez” (!)


     Posted by Hello

    Vejam bem a classe daquela meinha branca com as riscas azuis… à pois, julgam que isto não se enquadra com a posição estilosa na qual o Tino coloca uma mão na barriga e outra no joelho… é muito charme!

    terça-feira, dezembro 14, 2004

    Linguagem sensual

    ATENÇÃO: estas são frases proferidas por verdadeiros “Zé Dias” espalhados um pouco por todo o nosso país. Portanto estejam atentas meninas, porque algumas de vocês podem ser a próxima vítima de um PIROPO habilíssimo. Então vejamos alguns exemplos:

    Ai nossa senhora!!! Tanta carne e eu aqui em jejum;

    Oh filha, anda cá que o pai unta-te;

    Tantas curvas... E eu aqui sem travões;

    Estás tão boa que te lambia toda;

    Lembra-me de agradecer aos teus pais que fizeram uma filha tão boa;

    Com esse rabo, estás convidada a cagar na minha casa;

    Se cair, já sei onde me agarrar;

    Isso é que são carnes, não as que a minha mãe mete no cozido à portuguesa;

    Com um rabo tão bom deves cagar bombons;

    E A MELHOR:

    Quem me dera que fosses um frango… para te enfiar um espeto no cu e fazer-te suar, eh eh eh eh.



    SE A FRASE DE ENGATE NÃO RESULTA, ENTÃO:

    Eu vi logo, gorda como estás é porque não suas muito.

    Olha lá, com menos rabo também se caga, sabias?

    Se o teu cu fosse uma torrada tinha que a barrar de manteiga com um remo.

    Mau? Mau o quê? Disse algum disparate ou chupas aqui mesmo?

    Se mandasses um peido num saco de farinha nevava em Lisboa durante dois meses
    E O CLÁSSICO:

    Eh boa!... Dá beijinho aqui ao trolha...

    terça-feira, dezembro 07, 2004

    As melhores capas de cd´s

    Tendo em conta a actual conjuntura do nosso mercado de venda de cd´s de música, por caridade, decidi criar um espaço semanal dedicado “Às melhores capas de cd´s dos últimos anos”.
    Esta é uma forma de demonstrar a minha gratidão pelos vários ícones da musica espalhados um pouco por este pequenino mundo e que tornam a vida mais colorida a muitos amantes do cantarolar.
    Portanto, esta semana o grande vencedor é … Jim Post, o grande Jim Post…
    Mas quem é o Jim Post???
    Bom, não interessa, mas aqui têm a belíssima capa do seu recente sucesso “I love my live”



    Muito bonito, magnífico, a água a correr, aquele instinto sedutor… há quem diga que ele é parente do Zé dias… não sei porque razão!!!

    terça-feira, novembro 30, 2004

    Frase do dia na aula de Modelos de escrita para ecrã

    Quem me dera que as pessoas fossem como as piscinas para bebés.
    Para que a água me dê sempre pela cintura e não fique sem pé

    ?????

    quarta-feira, novembro 24, 2004

    Tuning em Portugal

    Devo confessar que adoro ver carros portugueses todos alterados. Devemos ser o único país da Europa onde realmente o Renault 5 ou o Fiat 127 podres de velhos ganham nova alma com as várias modificações que os entendidos na matéria fazem.
    E não venham com a velha história “à e tal, o “tuning” é ver quem gasta mais para deixar o carro mais feio”.
    É mentira!!!! E vou provar isso mesmo com imagens do último bólide kitado, desde a jante até ao volante.


    Fig 1 jante “tuning”

    Reparem bem nos efeitos luminosos desta jante. Não tenho adjectivos para caracterizar tal beldade. O arco-íris que envolve aquele monte de ferro.
    O excesso de cores leva-me a pensar que estamos perante um amante da arte surrealista, só pode. Posted by Hello

    Fig 2 Guarda-lama “tuning”

    Reparem bem na estrela que está à volta do pisca… de rara beleza… só vos aconselho a não tentarem fazer isto em casa.
    E o pneu em baixo dá uma certa classe pois realça ainda mais a jante… mas aquele aglomerado de cores… Posted by Hello

    Fig 3 Volante e travão de mão “tunings”

    O momento alto do verdadeiro “tuning” tuga está evidente nesta imagem.
    Vocês olhem bem para este VOLANTE. Soberbo mesmo, talvez retirado de uma âncora de um navio é certo, mas é de uma categoria inalcançável por qualquer americano.
    A cor branca já de si é graciosa, mas se estiver presente num volante e no travão de mão torna-se sublime.
    Portanto, este blog passou a ser serviço público porque já dei algumas dicas de como poderão começar a entrar no mundo do “tuning”. Depois não digam que não sou vosso amigo.
    Mas atenção!
    Carros como este são um exclusivo “Dor no joelho”. À pois é!!! Posted by Hello

    segunda-feira, novembro 15, 2004

    Zé Dias volta a atacar

    O Zé Dias está de volta!!! Ele anda aí, por algures, escondido numa taberna ou num prédio em construção.
    Não é fácil encontrar um verdadeiro Zé Dias, pois é preciso corresponder a todos os requisitos exigidos (quem não souber, consulte o post “Zé Dias”).
    Há pessoas que andam anos e anos à procura do Zé Dias.
    “Mas quem é o gajo??? Por onde anda???”
    Num rasgo de magia e muita, muita sorte eu e mais alguns colegas conseguimos encontrá-lo.
    Aonde???
    Na estação do metro do Cais do Sodré… O pior!!!


    Reparem bem na “curva belíssima” da barriga. Espectáculo!!!
    Agora aquele palito nos dentes… não, não insistam, porque aquele palito nos dentes…
    Uma palavra amigos: classe

    quinta-feira, novembro 04, 2004

    Parvoíce no posto de atendimento do metro

    Há ocorrências que não passam pela cabeça de ninguém, “mas quando somos confrontados com certas e determinadas coisas… epá fico chateado, pois fico, falam falam, falam falam e não os vejo a fazer nada…”
    Ok, eu sei que isto já tem direitos de autor mas o que é certo é que esta citação apropria-se tão bem a uma situação que se passou comigo.
    Estava eu muito bem na fila (e não bicha, pois soa tão mal) de um dos postos de atendimento do metro do Oriente, para activar o meu passe – era princípio do mês – e aguardava com muita paciência para que chegasse a minha vez. Apesar de já ter comprado o passe tinha de me aguentar à ´fruta´ porque apenas existe uma pessoa para atender todo o tipo de serviços.
    Não é da minha natureza ficar a apanhar secas e ter de esperar cerca de 15 minutos para activar a porcaria de um cartão – coisa que demora 10 segundos – não é nada estimulante, ainda por cima quando ainda são 8 da manha e vou a caminho da universidade.
    Ora, passado um quarto de hora lá chegou a minha vez e com um sorriso rasgado, lá entreguei o passe à senhora que estava no outro lado do posto de atendimento. Ela colocou o passe em cima da placa magnética, carregou numas teclas e vez uma cara do género, como se alguém se tivesse descuidado e ronda-se um cheiro desagradável no ar.
    Voltou então a fazer o mesmo processo e reparou que havia algo estranho. Voltou a fazer aquela cara de enjoada, olhou para mim e grunhiu:
    “Este passe já está activado!!!”
    Fiquei surpreendido, pois não esperava que ela me dissesse tal coisa. Respondi de imediato:
    “Mas quando coloco o passe nas maquinetas as portas não abrem!!! Além disso, ainda não activei o passe, como é possível?”
    Ela responde assim e é aqui que reside o insólito da história:
    “Isso é porque se calhar você passa pelo lado onde está a cruz vermelha e não onde está a seta verde?!”
    Eu fiquei impávido e sereno a olhar para ela sem saber muito bem o que responder. No fim de contas, após aquele tempo de espera, ainda sou insultado por uma “kinkada” qualquer… Quer disser, o otário afinal era eu, pois passo onde está a cruz vermelha. Eu até devo ter cara de gostar andar em sentidos contrários!!!
    Após breves segundos descarreguei:
    Claro, claro deve ser mesmo isso, obrigado pelo conselho. Nunca me havia apercebido disso é daquelas coisas que nos passam ao lado. Obrigadinho…
    E fui embora a remoer-me de toda aquela cena bizarra. Ainda comecei a pensar se seria da roupa que trazia ou da cara ensonada… sim, eu devo ter cara que quem está na cidade há pouco tempo (txetxeno).
    Viva eu!!!

    segunda-feira, outubro 25, 2004

    Dicionário Marcelês (2º Versão)

    Pois é, afinal isto da “dor no joelho” começa a tornar-se mais do que um simples nome de um blog ou uma expressão utilizada por mim para manifestar desaprovação em relação a um pedido (consultar a 1ª versão do dicionário Marcelês).
    Neste verão que passou, lesionei-me no joelho direito (atenção, mas não foi na rotula) a jogar à bola e terei de ser submetido a uma operação.
    Mas como a vida não para, resolvi lançar a 2ª versão do dicionário Marcelês para que, de certa forma, se faça jus a toda esta situação caricata, onde uma expressão como “dor no joelho” não poderia ser mais propícia a um momento como este.
    No entanto, fica a promessa, que assim que for operado e estiver novamente em forma, lançarei uma terceira actualização do dicionário.
    Por agora, fiquem com estas novas palavras para enriquecerem o vosso vocabulário.



    Bisnaga – órgão genital masculino de reduzidas dimensões

    Cajó – órgão genital masculino

    Chlép chlép – expressão que pode designar um estado de espírito, propício ao momento do seu uso. Normalmente é utilizado quando abordamos alguém que demonstra um ar feliz, como por exemplo: “Estiveste no chlép chlép???”

    Carrinho de mão – expressão utilizada sempre que alguém nos está a maçar a cabeça.
    Ex: “Vê lá se queres ir de carrinho de mão para casa”

    Estike – usa-se quando queremos chamar a atenção a alguém, por exemplo, um empregado de mesa

    Já te sentas? – interrogação que utilizamos sempre que saudamos alguém, acompanhada, ou não, do “tás melhor” (consultar a 1ª versão do dicionário Marcelês)

    Mangalhone – órgão genital masculino

    O pior!!! – exclamação utilizada para demonstrar o lado lerdo de alguém, sempre que este apresenta uma conduta fora do habitual
    Existe uma forma própria de entoar esta interjeição, já que tem de ficar patenteado um desprezo total

    Pikaxu e Picolé – casal de namorados que não se largam, como se fossem nhanha

    Pokemon – pessoa de baixa estatura

    Txetxeno – pessoa com aspecto hostil e que parece que está na cidade há poucos dias

    Xuxe – usa-se quando queremos chamar a atenção a alguém

    segunda-feira, setembro 27, 2004

    Dicionário Língua Portuguesa

    Recentemente comprei um dicionário de português, pois o que tinha, já estava algo desactualizado (acho que datava de 1860, se não me engano).
    Ora, para mim foi bastante fascinante poder desfrutar de uma coisa nova, especialmente de um dicionário. Assim que cheguei a casa devorei-o, com toda a vontade de procurar a definição de palavras desconhecidas.
    Por curiosidade, pesquisei o significado da palavra “bicha”, pensando eu que esta não existia. No entanto, enganei-me

    Bicha – qualquer animal de corpo comprido sem pernas (lombriga, ténia, etc.); fila de pessoas; homossexual

    Fiquei bastante surpreendido e realmente apercebi-me de que estava a ficar para trás no que toca à evolução da língua portuguesa. O que é certo é que esta descoberta provocou um estímulo dentro do meu ser, incentivando-me a procurar novas palavras. Assim sendo, e só por pura bisbilhotice, fui em busca de palavrões, mas já preparado para o insucesso desta missão. Mais uma vez, o dicionário pregou-me uma rasteira. Comecei pela palavra “m*rd*”

    M*rd* – excremento; coisa desagradável; coisa sem valor; exprime descontentamento, indignação, repulsa ou desprezo

    A ansiedade começou a crescer, pois apercebi-me que estava a entrar numa nova etapa do vocabulário lusitano. Tomei coragem e procurei os palavrões mais desagradáveis. Aqui vai a lista obscena que encontrei:

    C*r*lh* – pénis; indicativa de espanto, impaciência ou indignação

    C*br*o – bode; individuo atraiçoado pela mulher; indivíduo mau

    F*d*r – ter relações sexuais; prejudicar; prejudicar-se; f*d*-s*! - exclamação que exprime impaciência ou indignação

    O mais caricato disto tudo é o facto de estar a usar asteriscos, e não escrever as palavras na íntegra. Mas porquê??? Afinal elas estão no dicionário!!!
    Uma palavra para responder a esta questão – DIGNIDADE

    Estou mesmo a ver uma conversa futurista entre um pai e o filho
    Filho – Olha que, que, f*d*-s*
    Pai – Então c*r*lh*, tu és burro, ou comes m*rd* às colheres
    Filho – Ó pai, é aquela bicha lá da escola que tá sempre a f*d*r-m* o juízo. Ele que vá para o c*r*lh* que o f*d*…

    Ainda dizem que a nossa língua é traiçoeira e complicada. Realmente, olha que, que …

    quarta-feira, setembro 15, 2004

    Televisão no Verão

    Verão é sinónimo de férias. Férias é sinónimo de descanso. Descanso é sinónimo de não fazer nenhum (coçar a micose, pois claro!). Ou seja, no verão somos quase que obrigados a ver televisão porque temos mais tempo livre.
    “Que bom” – dirão vocês alegres e sorridentes. Mas será mesmo assim?
    Será que a nossa televisão está apetrechada com bons programas capazes de entreter todo o público?
    Para responder a estas questões fiz uma análise pormenorizada de alguns programas que a nossa televisão oferece.
    Então vejamos:

    SIC – Malucos do Riso
    Sim, de facto o programa “Malucos do Riso” é esplendoroso, deslumbrante, magnifico… Aquelas piadas nada foleiras que fazem qualquer um chorar até às lágrimas. Este é, verdadeiramente, um programa de entretenimento.

    TVI – Batanetes
    Ainda não percebi muito bem o que quer dizer “Batanetes” (talvez um cruzamento do Batatoon com rabanetes???). Este é o grande concorrente dos “Malucos do Riso”, com piadas surpreendentes, muito portuguesas diga-se de passagem. A TVI está em grande, pois consegue copiar muito bem os programas do canal rival (ok, talvez esteja a exceder-me, afinal o “Inspector Max” não é uma reprodução fiel do “Rex, o cão policia”. No fim de contas, um é português e o outro é austríaco, o que, realmente, faz toda a diferença)

    RTP – As lições do Tonecas
    Eu sou um grande crítico desta série de entretenimento. Não, não é por passar semana sim, mês nunca e repetir os mesmos episódios. É, pelo simples facto de não ser um bom exemplo para as crianças. Aonde é que já se viu uma criança tão grande e tão burra, com mais de 40 anos e ainda está no ensino primário. À pois é!!!

    Praça da Alegria – RTP; SIC 10 Horas – SIC; Olá Portugal – TVI
    Fico muito feliz por saber que a nossa televisão durante a manhã tem três programas idênticos e à mesma hora para animar o pessoal.
    Concorrência??? Não, apenas o prazer de agradar uma determinada faixa etária. Eu adoro ver o Goucha, o gajo realmente tem jeito pràquilo pá: “Olá Portugal, tenha um bom dia aqui, na sua TVI…” pronto, já chega.

    TVI – Ana e os sete
    Em relação a esta série a minha critica vai para o seu nome. Não acham que existe uma certa perversidade? “Ana e os sete”!!!
    Não é por nada, mas se acrescentar uma palavra, não parece o título de um filme porno…Não? Então reparem:

    “Ana e os sete moçambicanos”

    TVI – O prédio do Vasco
    Já não chegava os “Batanentes”, PORRA!!!

    SIC – 16h45 – “Os Maias”; 17h45 – “Malhação”; 18h30 – “Cor do Pecado”; 19h30 – “New Wave”; 21h45 – “Chocolate com Pimenta”; 22h45 – “Celebridade”
    Seis telenovelas… seis telenovelas praticamente seguidas. Eu posso ser suspeito, afinal não é meu hábito ver novelas, mas SEIS!!!
    Não é por nada, mas uma pessoa que veja todas as novelas, acaba por confundir as histórias, os actores…
    “Então mas a Marineide não é a criada da Mimocas na “Cor do Pecado”… não, espera, essa é a amante do Pipoca na “Malhação”… que disparate, afinal é a tal, a do coiso… e tal…”

    TVI – 16h30 – “Bons Vizinhos”; 18h15 – “Queridas Feras”; 19h15 – “Morangos com Açúcar”; 21h15 – “Morangos com Açúcar”; 22h15 – “Baía das Mulheres”; 23h15 – “Queridas Feras”
    Que coincidência, seis novelas, mas que sensação de “deja vu”. Calma, a TVI é mais original, há que salientar. No fim de contas, a estação privada repete duas novelas, uma à tarde e outra à noite.
    Muito bem, os meus parabéns para os programadores da TVI pelo excelente trabalho.


    Já agora e numa onda de descontracção e loucura, um conselho para a administração da TVI: será possível encurtarem os intervalos entre os programas, séries, PRINCIPALMENTE, durante os filmes. É que, não sei se já repararam, 10 minutos são uma eternidade, mas mais de 20…

    quinta-feira, julho 29, 2004

    Road Trip – Uma viagem na Carreira 82

    A minha vida está rodeada de peripécias e o que parece uma simples viagem de autocarro para a faculdade transforma-se numa autêntica aventura, encarada pelos mais destemidos.
    Como acordo bem cedo, o caminho que efectuo desde casa até à paragem do autocarro é invulgar, pois não me recordo ao certo como executo esse trajecto (se calhar é do sono, pode ser que seja do sono, é possível).
    Mas quando chego à paragem desperto num ápice, dada a ferocidade com que as pessoas procuram arranjar um lugar na fila do autocarro. A desconfiança, o medo, a suspeita pairam no ar. O olhar sinistro das pessoas, o esforço mitológico que estas fazem para não serem ultrapassadas na fila e a atenção voraz para que nada se altere, é alguns elementos que constituem o cenário com que me deparo. No entanto, o que provoca mais confusão é o facto de se formar duas filas na paragem. Uma não chega??? Ou será que as pessoas não têm discernimento para se colocarem numa só fila??? Ok, vou deixar estas questões pairarem no ar.
    O segundo momento acontece quando chega o autocarro (82 – Cais do Sodré). A atenção de todos torna-se redobrada, mas para azar de alguns, surge ao mesmo tempo uma camioneta da rodoviária, irrompendo mais meia dúzia de pessoas que tentam entrar de forma heróica no autocarro. Após vários empurrões e de ter sido projectado contra o vidro, ficando mais parecido com um “espalmadinho”, lá consigo chegar à parte de trás da viatura. Por essa altura já oiço uma senhora de idade, gritar da seguinte forma:
    “Não sabem respeitar as pessoas. Eu tava na bicha. Vêm esses tchetchenos roubar-nos o lugar. Antes do 25 de Abril é que era bom”.
     E eu tudo bem…
    Após este tumulto, apercebo-me que não tenho lugar para me sentar. É óbvio, dizem vocês, que não tenha lugar pois fui dos últimos a entrar. Ok, no entanto, tenho referir que apanho o autocarro na segunda paragem do seu trajecto!!!
    Apesar da sonolência que se apodera de mim, não posso deixar de reparar (ou cheirar) os ilustres odores que percorrem cada zona do autocarro. Realmente, o cheiro a suor às 7h30m é muito positivo.
    Quando finalmente arranjo um lugar para me sentar e estou naquela fase em que vou conseguir relaxar mais um pouco, no preciso momento em que fecho os olhos, toca o telemóvel de alguém. A pessoa atende e fala da seguinte maneira:
    “TOU, TOU, TÁS A OUVIR-ME… TOU, TOU, NÃO ME OUVES”
    Recuperado do susto só me apetece dizer ao homem:
    “Amigo, Portugal inteiro consegue ouvir-te, quanto mais a pessoa que está no outro lado, PORRA!!!”
    Mas o grande momento da jornada está reservado para a antepenúltima paragem, que é efectuada junto ao Terreiro do Paço, no campo das cebolas mais propriamente. As pessoas que moram na margem sul e se deslocam de barco para Lisboa, normalmente, apanham o autocarro na paragem acima transcrita. No entanto, o trajecto realizado entre a saída do barco e a paragem é das coisas mais arriscadas que elas realizam, sendo este, verosimilmente, o momento mais alto do dia. Existe uma estrada a dividir a passagem e um semáforo a sinalizar o trânsito de automóveis e peões. Será que é suficiente??? NÃO! As pessoas aventuram-se por entre carros que efectuam um para – arranca constante na ânsia de apanhar o autocarro, para gáudio dos olhares incrédulos, daqueles que assistem a esta cena épica, diga-se de passagem.
    Como a entrada no autocarro, é feita de forma desordeira, mais uma vez se ouve uma voz estridente, por sinal feminina, dizendo:
    “Já não há respeito, a passar à frente da bicha. Uma vergonha.”
    (…)
    Com toda esta adrenalina, chego à última paragem e vou para a faculdade com outro ânimo. Sim, a minha vida torna-se logo mais saudável e alegre. Sinto-me feliz por andar de 82.
    Viva eu!!!

    quinta-feira, julho 22, 2004

    Fontes de informação

    Foi numa manhã mais atribulada do que é costume (ou não estava eu a realizar um exame de Técnicas Redactoriais) que efectuei uma das analogias mais bizarras.
    Uma das perguntas do exame era definir as 5 fontes de informação à disposição de um jornalista ou órgão de comunicação. As 5 fontes são:
    1.      Resistente
    2.      Atenta
    3.      Espontânea
    4.      Ansiosa
    5.      Compulsiva
     
    Até aqui parece tudo bem. No entanto, vou definir o que cada uma significa:
     
    1)     Resistente – é a mais relutante a dar informações, levanta vários obstáculos e restrições
    2)     Atenta – não opõe resistência mas não toma a iniciativa em divulgar a informação. Tem de ser contactada para fornecer a informação
    3)     Espontânea – é aquela que toma a iniciativa de contactar o meio de informação
    4)     Ansiosa – tem maior grau de envolvencia pessoal. Tem também interesse em ver a notícia divulgada
    5)     Compulsiva – toma a iniciativa com todos os recursos ao seu alcance e tenta obrigar o meio de comunicação a divulgar a notícia
     
    Ou seja, e é aqui que eu quero chegar, as fontes são como as MULHERES. Leiam estes exemplos
     
    Gostas de uma rapariga lá da faculdade mas ela não olha para ti, nem sabe que tu existes
    Isto é uma mulher Resistente
     
    Estás num bar. Olhas para uma rapariga e ela retribui-te o olhar. Tu sorris para ela. A rapariga fica intimidada e aguarda que vás ter com ela
    Isto é uma mulher Atenta
     
    Estás numa discoteca. Uma rapariga vem ter contigo e diz: “Então, pagas-me um copo”
    Isto é uma mulher Espontânea
     
    Ainda numa discoteca. Uma rapariga vem ter contigo e diz: “Acho que fomos feitos um para o outro” e ali mesmo faz-te uma dança erótica
    Isto é uma mulher Ansiosa
     
    Na mesma discoteca. Uma mulher (para variar) vem ter contigo e diz: “Tenho o meu carro ali em baixo e vivo sozinha. Se não chegar, tenho aqui uma pistola que não hesitarei em usar se recusares o meu convite”
    Isto é uma mulher Compulsiva

    terça-feira, julho 13, 2004

    Testemunha de Taveira

    Afinal o grande arquitecto não deixou os seus créditos por mãos alheias. Existem muitos que seguem o seu exemplo (discípulos aficionados) desde a bela da palmadinha até ao seu famoso vocabulário.
    No entanto, nunca me passou pela cabeça que o fizessem na televisão; em directo; num relato de futebol. Mas é a pura verdade.
    Se recuar umas semanas, num dos jogos do Euro 2004, o Holanda – R. Checa, transmitido pela TVI, Toni, o comentador convidado pela estação privada, deliciou todos os telespectadores, com o seguinte comentário, após o golo do empate dos checos, por Baros:

    “Ui, ui, uiiiiiiiiiiii!!!”

    Ora, ou muito me engano, ou existe aqui uma certa perversidade nesta reflexão proferida pelo respeitável treinador Toni.
    Então vejamos como fica esta bela frase com mais umas palavras:

    “Vá, agora aguenta que não dói. Ui, ui, uiiiiiiiiiiii, ca bom”

    Então, não faz lembrar ninguém???

    quinta-feira, julho 08, 2004

    Zé Dias

    Foi numa tarde igual a qualquer outra que eu e o meu amigo Pedro (tás melhor?) descobrimos o mítico Zé Dias num ginásio em Moscavide, que não posso dizer o nome (começa por “c”, acaba em “e” e no meio tem as letras “ontrast”).
    A história é bastante curiosa porque enquanto me preparava para ir embora, um homem começou a falar em alta voz para o seu telemóvel (tenho a impressão que dois ou três espanhóis devem ter perguntado “Quê pasa???”)
    Sim, porque há pessoas que falam ao telemóvel de forma abrupta, quando basta conversar de forma calma e serena. Mas vamos ao que interessa. O homem gritava para com a outra pessoa que tava do lado de lá assim: “Pá, ò Zé Dias, ou me pagas o que deves ou vou aí e parto-te todo, c*r*lh*”; “Já me tou a passar Zé Dias, tu paga-me isso já, f*d*s*”
    Ora, não deve ser muito comum encontrar uma situação destas no nosso dia a dia. No entanto, o lendário Zé Dias ficou marcado na minha mente e na do meu colega Pedro. Assim sendo, como nunca chegámos a ver a personagem, personificamos o típico português com o seu nome.
    “Então mas quem é o Zé Dias, camandro???”
    Não desesperem, vou já divulgar uma lista com os requisitos para reconhecerem um verdadeiro Zé Dias:

    1) Usar bigode, sempre penteado, não vá o vento estragar o estilo
    2) O cabelo muito bem penteado, puxado para trás, com gel natural (o cuspo é o mais peganhento)
    3) Empregar, no mínimo, dois dentes de ouro, para que seja reconhecido ao longe
    4) A falta de dois ou três dentes também dão um “look” gracioso e atraente
    5) O palito nos dentes é INDISPENSÁVEL para que os bocados de carne da feijoada do almoço não o incomodem. Existem muitos movimentos rotativos que ele consegue efectuar com o palito, só ao alcance de predestinados. Também é importante fazer aquele barulho com a língua e os dentes, muito estranho e nada incomodativo
    6) O Zé Dias come sempre de boca aberta
    7) A camisa aberta até à barriga para que o pelo do peito e o enorme fio de ouro fiquem à vista
    8) Pulseira de ouro no pulso bem como o anel à azeiteiro
    9) A unhaca no mindinho direito, no mínimo com 3 cm.
    2,9 cm??? Não, não pode, assim já não é um verdadeiro Zé Dias. Ou
    3cm ou nada feito.
    10) A camisa deve ser florida ou então ao quadrados (à pescador)
    11) O perfume é essencial, sempre comprado nos “300” mas apenas é usado no cabelo. Os sovacos têm um aroma natural (o suor deixa qualquer mulher fascinada)
    12) A meia branca com a raquete de ténis tem contido em si uma enorme classe
    13) Coçar de forma rude as partes baixas, sobretudo quando vê uma mulher
    14) Ser trolha ou talhante e falar de forma subtil com as mulheres, do género: “Quem me dera que fosses um frango, para te enviar um espeto no cu e fazer-te suar, ehehehe”
    15) O seu carro deve ser um Renault 5 ou um Fiat 127 com um autocolante a dizer “tuning” e outro a dizer “Bebé a bordo”
    16) Dentro do seu bólide, o som que ouve varia entre Tony Carreira, Toy, Trio Odemira, Ágata e Quim Barreiros (o clássico)



    Zé Dias

    Dicionário Marcelês

    O nome do blog suscitou duvidas em inúmeras pessoas que tiveram a audácia de ler o texto de abertura. No entanto, “dor no joelho” é apenas uma das expressões que uso nas conversas que mantenho com todos aqueles que estão a par do meu vocabulário. Desta forma, criei um dicionário com todas as palavras que expresso no meu quotidiano.
    Assim, um dia, quando vos encontrar na rua e quiserem trocar uns dedos de conversa comigo, não fiquem à nora e digam: “À e tal… não percebo o teu dialecto”.

    Abocanhar – acto de morder mas de uma forma hostil

    Amendoim – excremento ou matérias fecais

    Ananás – ânus, nádegas

    Arrochada – soco, murro

    Brlance Brlance – quando alguém fala numa linguagem indecifrável

    Coçar a micose – não fazer nenhum

    Dá-lhe um beijo – expressão de despedida. Pode-se acrescentar algo mais no fim
    Ex: Ok, então dá-lhe um beijo na anilha

    Dor no joelho – manifestação de desagrado em relação a um pedido

    Kinkado – alguém que realiza uma acção fora do habitual, um coitadinho

    Lhé – palavra de duplo sentido: quando um jogador efectua inúmeras fintas nem sempre consequentes; alguém que fala numa linguagem indecifrável

    Lhékita – rapaz ou rapariga pequeno(a)

    Não gostas – interrogação irónica em relação a um determinado assunto

    Pobrezinho – alguém que realiza uma acção fora do habitual, um coitadinho

    Queimado – alguém que realiza uma acção fora do habitual, um coitadinho

    Ramadão – quando não se pratica um determinado acto, acção, durante um longo período de tempo

    Revisão – sujeito que precisa urgentemente de mudar o seu comportamento

    Tás melhor – expressão de saudação

    Zé Dias – típico português


    Para que este vocabulário não lhe seja estranho e de difícil interpretação vou simular uma conversa entre duas pessoas:

    Sujeito 1 – Tás melhor?
    Sujeito 2 – Por acaso ando um bocado em baixo, tou de ramadão com a minha namorada, que nem te passa pela cabeça.
    Sujeito 1 – Todo kinkado, tens de ir à revisão dar um jeito nisso.
    Sujeito 2 – Pois, ainda por cima anda um Zé Dias lá no meu bairro a dar-lhe a volta à cabeça.
    Sujeito 1 – Não gostas?
    Sujeito 2 – Claro que não, não sou nenhum pobrezinho.
    Sujeito 1 – Desculpa lá, mas tá no ir, tenho de ir largar o amendoim, tou aqui com um ardor no ananás…
    Sujeito 2 – Ok, então dá-lhe um beijo nas nalgas

    Introdução

    Dor no joelho??? Que raio… então mas…
    Calma, não é preciso interrogar-se mais e com esta introdução pretendo atender às preces das pessoas que neste momento acenam a cabeça e pensam “Coitado, deve ter as rótulas todas apanhadinhas”.
    Não meus caros, também não tem nada a ver com isso, xiça… olha ò nível pá!!!
    Dor no joelho é uma expressão que uso no dia a dia que serve como desculpa em relação a um pedido. Por exemplo, alguém vem ter contigo e diz: “Emprestas-me 25 euros?”
    Nesta situação tens duas alternativas; ou és boa pessoa e emprestas (não me parece) ou então, e esta parece ser a opção mais certa, sem hesitares respondes:
    “Epá, deu-me aqui uma dor no joelho…” – o resultado está à vista.
    Ok, parece que piorei a situação, neste momento meia dúzia de pessoas desistiram de ler o resto do texto. Vou então explicar o objectivo deste blog. Vivemos num mundo onde certas e determinadas coisas nos passam ao lado e não paramos para reflectir. Aquelas situações onde olhamos para nós próprios e pensamos “Realmente, porque é que… então …”
    Refiro-me às situações caricatas, aquelas coisas que só de pensar que alguém sabe que aquilo se passou comigo, escolheria o suicídio como opção, mas isso varia de pessoa para pessoa.
    Este blog serve então para expressar o meu ponto de vista sobre tudo aquilo que me parece mal enquadrado, numa sociedade demasiado enigmática (ou não)