Translate

terça-feira, novembro 20, 2007

A vida de um piloto português

Gosto bastante de automobilismo. O meu trabalho exige que tenha um conhecimento profundo de grande parte das provas nacionais e internacionais de qualquer evento relacionado com esta disciplina. A seguir à Fórmula 1, os ralis são a especialidade que mais aprecio.

Este ano acompanhei de perto o Mundial de Ralis, faltando uma prova (Grã-Bretanha) para o seu termo.

Em termos de pilotos portugueses, Armindo Araújo, tetra campeão nacional, é o nosso representante, mas no Mundial de Produção, um patamar abaixo do WRC.
Ao volante um Mitsubishi Lancer EVO IX, o início foi prometedor no Rali da Suécia, com um excelente 4º lugar.

Seguiu-se o Rali de Portugal, onde teve ao seu dispor um Lancer WRC, um carro idêntico aos que participam no Mundial de Ralis. No entanto, começava aqui uma série de ralis onde as desistências e saídas de estrada seriam o fado de Armindo.

No Rali da Grécia, Armindo Araújo desistiu. Na Nova Zelândia somou os seus últimos pontos (três) ao terminar na sexta posição.

No Japão, onde concluiu o rali num honroso 2º lugar, o piloto foi desclassificado devido a uma irregularidade no carro. Isto tudo num rali, onde pela primeira vez, um piloto da produção venceu uma prova especial de classificação num rali do Mundial desde a criação da categoria WRC.

Este fim-de-semana no Rali da Irlanda, Armindo Araújo voltou a exibir-se a bom nível. Liderou grande parte da prova, até que na penúltima etapa, uma saída de estrada obrigou o piloto português a abandonar.

Fazendo uma retrospectiva a isto tudo, o que salta à vista é que este homem até tem algum talento para a coisa, mas sofre do problema de muitos portugueses ao volante: o pé é pesado demais.

No vídeo em baixo podem recordar um grande momento de Armindo e o seu co-piloto no Rali de Portugal quando resolveram fazer um "atalho".


Sem comentários: